Background

A Política Prisional aprovada pelo Governo através do Decreto nº 65/2002, de 27 de Agosto, consagra entre várias acções, a reforma legal, ora em curso no Sector Prisional. Com efeito, uma das vertentes da referida reforma, visa a melhoria da eficiência dos Serviços Prisionais e a introdução das Medidas e Penas Alternativas à Prisão no Ordenamento Jurídico Penitenciário, provendo-o de uma resposta penal diferenciada aos delinquentes que cometem crimes de menor potencial ofensivo.
 
O projecto Justiça Penal, realizado entre 2009 e 2011 teve como objectivo contribuir para a reforma do quadro legislativo relacionado com o sistema correccional em Moçambique, por forma a que este esteja cada vez mais alinhado às melhores práticas e standards internacionais. Para este fim, o projecto prestou assistência técnica (local e internacional), sob a forma de peritos nas áreas de Prisões e de Alternativas à Prisão, para dar assessoria legal e desenvolver a capacidade das instituições locais.
 
As actividades específicas incluíram a elaboração de legislação (leis e estatutos) e a organização de seminários e sessões de formação.
 
Tendo em conta que este projecto beneficiou de financiamento do Fundo dA Governação Democrática do PNUD (DGTTF 2009/2011), e que este recomenda a avaliação dos projectos por ele financiados a fim de garantir uma melhor e sistemática partilha de experiências, o PNUD pretende recrutar um/a consultora local para realizar a avaliação do Projecto.

Duties and Responsibilities

  • Avaliar a eficácia, relevância e sustentabilidade do projecto bem como os resultados alcançados.
  • Avaliar o impacto das actividades financiadas pelo projecto.
  • Avaliar a adequação e eficácia do apoio técnico prestado ao projecto em termos de contribuição para a melhoria do    funcionamento do sistema penitenciário em Moçambique.
  • Avaliar possíveis caminhos para futuras intervenções no domínio da Justiça Penal, bem como os potenciais parceiros e estratégias.
  • Avaliar se o projecto levou em conta a perspectiva de género e a abordagem baseada nos direitos humanos.
  • Apresentar uma análise dos factores facilitadores e limitantes do projecto.
  • Apresentar as recomendações e lições aprendidas com a implantação do projecto e medidas para garantir um impacto permanente no sector da Justiça.
  • Analisar o contexto do sector aquando da concepção do projecto (PRODOC), assim como da fase da implementação do Projecto (forças, fraquezas, oportunidades e desafios), a fim de avaliar a sua relevância em cada momento.
  • Avaliar a adequação e a relevância das actividades e acções relacionadas ao projecto.
  • Avaliar a adequação dos recursos (humanos, financeiros e materiais) atribuídos ao projecto para a realização dos objectivos estabelecidos.
  • Analisar os objectivos, resultados, indicadores, metas e instrumentos de intervenção e avaliar a sua relevância dentro do actual ambiente do sector.
  • Identificar as lições aprendidas com a implementação do projecto.
  • Avaliar em que medida o sentido de propriedade nacional do projecto foi assegurado durante a implementação do projecto.
  • Avaliar o nível de participação dos intervenientes nacionais e internacionais, e seu contributo aos resultados do projecto.
  • Fornecer recomendações para o melhoramento do desempenho do projecto e as futuras áreas de intervenções do PNUD.  
O/a consultor/a será responsável pela elaboração de:
  • Um relatório inicial de avaliação
  • Um esboço do Relatório Final  
  • Um relatório final de avaliação;

Competencies

Planificação e Organização:
  • Capacidade de estabelecer prioridades, de planificar, de coordenar e de monitorar o seu plano de trabalho.
  • Capacidade comprovada de trabalhar sob pressão e de produzir resultados precisos, oportunos e de alta qualidade.

Required Skills and Experience

  • Licenciatura em Direito ou área afim (Mestrado será uma vantagem).
  • Conhecimento do Direito Penitenciário e da realidade sócio-cultural Moçambicana, bem como em Direito comparado, preferencialmente da experiência Africana em matéria de Prisões e Medidas e Penas Alternativas a Prisão.
  • Experiência relevante comprovada na área da consultoria.
  • Ter trabalhado na área de Medidas e Penas Alternativas à Prisão constituirá uma vantagem.
  • Experiência profissional anterior com a ONU será uma vantagem.
  • Falar e escrever correctamente a língua Portuguesa.
  • Capacidade de trabalhar com respeito pelos prazos e seriedade na execução das tarefas.
  • Habilidades para se comunicar, negociar, analisar, elaborar e apresentar relatórios