Background
1. O Governo brasileiro tem buscado contribuir para a melhoria dos indicadores de desenvolvimento humano de países do continente africano. Esta cooperação é baseada no importante acervo de conhecimentos técnicos e soluções que podem ser aplicados de imediato em países com problemas semelhantes. A estratégia maior de cooperação técnica prestada pelo Brasil, que não é assistencialista, não tem fins lucrativos e não possuí vínculos com ações comerciais, está centrada no fortalecimento institucional dos parceiros, condição fundamental para que a transferência e a absorção dos conhecimentos sejam efetivas.
2. A orientação que o Governo brasileiro imprime às suas ações pauta-se pelo princípio de que a essência da cooperação técnica é buscar acelerar o desenvolvimento socioeconômico dos parceiros, compartilhando experiências bem sucedidas e técnicas disponíveis.
3. O governo brasileiro, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com o apoio do PNUD Brasil e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atende às demandas dos países africanos que cultivam tradicionalmente o algodão, por meio de recursos financeiros alocados pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Os projetos visam a desenvolver capacidades e transferir a tecnologia brasileira no tema.
4. Atualmente, o Governo brasileiro, com o apoio do PNUD Brasil, mantém três iniciativas na área de algodão com países africanos: o Projeto Cotton-4 + Togo; o Projeto Shire-Zambeze, o Projeto Cotton-Victoria (com a Universidade Federal de Lavras – UFLA); além de um projeto de cursos para países africanos (UFLA) e outros seis projetos em parceria com a FAO na América Latina.
5. A consultoria em questão será para o Projeto Regional de Fortalecimento do Setor Algodoeiro nas Bacias do Baixo Shire e Zambeze (BRA/12/002 – S003), cujo objetivo específico é ampliar a capacidade institucional e de recursos humanos nacionais (pesquisadores, extensionistas e produtores líderes do Malawi e de Moçambique), na adaptação e difusão de tecnologias de produção do algodão em pequenas e médias propriedades, com supervisão da Agência Brasileira de Cooperação e da Embrapa.
6. Com base neste objetivo, o projeto desenvolve cursos de capacitação específicos, cultiva campos experimentais, realiza testes de validação e promove a melhoria de sementes de algodão, elevando a produção e a produtividade nos dois países, dentre outras atividades, com vistas a aumentar a competitividade do setor algodoeiro do Malawi e de Moçambique.
Duties and Responsibilities
O objetivo da consultoria é a supervisão técnica e gerencial durante a execução das atividades relativas no âmbito do "Projeto Regional de Fortalecimento do Setor Algodoeiro nas Bacias do Baixo Shire e Zambeze", em Moçambique.
Está sendo disponibilizada uma vaga para a realização da consultoria, conforme abaixo:
Vaga para o Centro Regional de Treinamento e Transferência de Tecnologia do Algodão (CRETTA), com sede no Distrito de Guro, Província de Manica, em Moçambique.
A presente contratação decorre da necessidade de dar continuidade aos resultados alcançados durante a execução dos Planos Anuais de Trabalho I e II, a saber:
i) Instalação do arcabouço institucional do CRETTA;
ii) Efetivação do plano geral de capacitação e treinamento;
iii) Aprovação dos projetos de arquitetura para adaptação de infraestrutura física disponibilizada para o Projeto;
iv) Instalação de ensaios de competição e de validação de novos sistemas produtivos; e
v) Produção de sementes básicas e comerciais em Moçambique.
A vaga exige, segundo a Embrapa, o aproveitamento da infraestrutura física já instalada e dos recursos humanos operando. Ademais, espera-se que o Coordenador Técnico Local possua capacidade para interagir e negociar com os serviços públicos de inspeção e de assistência técnica, com as associações de produtores e com empresas do setor privado envolvidos na multiplicação, beneficiamento e venda de sementes.
Nesse contexto, a presente contratação insere-se na necessidade de reforçar o apoio técnico e de coordenação local para a execução do Plano Anual de Trabalho II, que tem como principal objetivo dar continuidade às ações de validação de tecnologias, treinamento e produção de sementes de algodão, com prioridade para a disponbilização da infraestrutura em prédios, máquinas e equipamentos.
Prestar o apoio técnico necessário à execução das seguintes atividades:?
Atividade 1
Definição de arranjos produtivos mais eficientes com base nas variedades recomendadas para difusão de sistemas de produção em consórcio ou em rotação com produtos alimentares básicos.
Atividade 2
Elaboração de Plano de Ação para sistematização e irrigação das terras destinadas à produção de sementes básicas e instalação e operacionalização das Unidades de Recepção e Triagem (URTs).
Atividade 3
Elaboração de Plano de Ação para a realização de estudos de viabilidade e negociações para assegurar os aportes de água e energia para o funcionamento das instalações do Projeto em Moçambique, inclusive licenciamento ambiental.
Atividade 4
Elaboração de Plano de Ação para a sistematização dos campos das UTTDs e instalação dos ensaios e testes de validação de tecnologias elegíveis para recomendação.
Atividade 5
Elaboração de Pedido de Contratação de Serviços (PCS) para a formatação e edição de protocolos técnicos e divulgação das tecnologias testadas e validadas.
Atividade 6
Supervisão e acompanhamento da execução dos Cursos de Capacitação e do Programa de Produção de Sementes – Campanha 2017/2018, como definidos no PAT II.
Atividade 7
Apoiar tecnicamente a execução, o aprimoramento e a avaliação das ações previstas no Plano Anual de Trabalho II.
Atividade 8
Atuar no exercício de suas funções como interlocutor da Embrapa junto às instituições do país vinculadas ao Projeto;
Atividade 9
Conduzir, acompanhar e apoiar as atividades técnicas desenvolvidas por missões brasileiras na execução conjunta e participativa das ações de campo;
Atividade 10
Elaborar relatórios técnicos e administrativos trimestrais e apoiar a elaboração e o encaminhamento das prestações de contas decorrentes de adiantamentos para gastos locais;
Atividade 11
Representar a Coordenação Técnica do Projeto nas reuniões ordinárias dos respectivos Comitês Técnicos de Coordenação Local do Projeto (CCLP) e, extraordinariamente, nas discussões e aprovação dos planos de alção previstos no PAT II;
Atividade 12
Definir as necessidades de ordem técnica e coordenar a programação local e o calendário das missões dos especialistas e instrutores da Embrapa; e
Atividade 13
Coordenar a elaboração no âmbito de cada CCLP dos relatórios trimestrais e semestrais de acompanhamento e de avanço físcios e financeiro previstos.
Competencies
Competências funcionais:
Desenvolvimento e Eficácia Operacional
· Habilidade para manter informações e bases de dados
· Analisar informações gerais e selecionar os materiais
· Habilidade para analisar dados, identificar e ajustar as discrepâncias.
· Capacidade analítica de resolução de problemas e análise de números.
· Capacidade de produzir registros precisos e bem documentados em conformidade com o padrão exigido.
· Habilidade para lidar com um grande volume de trabalho possivelmente sob restrições de tempo.
Gestão de conhecimento e aprendizagem
· Habilidade em compartilhar conhecimento e experiência
· Capacidade de trabalhar ativamente para promover continuidade na aprendizagem pessoal e na aplicação de habilidades recém-adquiridas
· Habilidade e conhecimentos fundamentais de processos, métodos e procedimentos;
· Compreender os principais processos e métodos de trabalho, políticas e procedimentos organizacionais relativos à posição e aplicá-los de forma consistente com as tarefas de trabalho
· Demonstrar bom conhecimento de tecnologia da informação e aplicá-lo no trabalho
· Promover a aprendizagem organizacional e o compartilhamento de conhecimentos
Promoção de mudanças e desenvolvimento organizacional
· Habilidade de apresentar informações sobre as melhores práticas de mudança organizacional
· Habilidade para identificar problemas, manejar e gerir conflitos, bem como propor soluções
Liderança e Auto-Gestão
· Demonstrar auto-desenvolvimento e a tomada de iniciativa;
· Capacidade de atuar como integrante de uma equipe e facilitador do trabalho em equipe e incentivar a comunicação eficaz
· Criar ambiente sinergético através da auto-controle
· Habilidade para coletar dados e implementar sistemas de gestão
· Habilidade para utilizar informações / dados / outros sistemas de gestão
· Habilidade para elaborar relatórios para clientes internos e externos adequadamente
· Capacidade de organizar e priorizar agenda de trabalho para atender às necessidades e os prazos
Competências Corporativas:
· Demonstrar comprometimento com a missão, visão e valores do PNUD
· Demonstrar sensibilidade e capacidade de trabalhar com diversidade cultural, de gênero, religiosa, raça ou nacionalidade.
Required Skills and Experience
Educação:
- Diploma de Engenheiro Agrônomo, Engenharia Agronômica ou áreas correladas, expedido por Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo Ministério da Educação do país de origem;
Experiência:
- Experiência de no mínimo dois anos em planejamento, avaliação e implementação de projetos de produção agrícola e de sistemas produtivos agrícolas em geral;
- Experiência de no mínimo um ano em transferência de tecnologia e extensão rural.
Conhecimentos:
- Conhecimentos básicos sobre organização e análise de cadeias produtivas, agroindustrial ou agroalimentar; e
- Conhecimentos sobre a utilização de Internet e Pacote Office.
- Disponibilidade para viagens a trabalho, de capacitação e de estudos e pesquisas.
- Fluência da Língua Portuguesa e Inglês.
IMPORTANTE:
Nacionalidade moçambicana ou autorização legal para trabalhar em Moçambique.
Requisitos Desejáveis
- Experiência em projetos de cooperação técnica internacional;
- Pós-graduação Stricto Sensu (mestrado ou doutorado em áreas correlatas);
- Experiência ou conhecimentos em projetos e métodos de gestão de sistemas de irrigação (por aspersão, superficial ou localizada); e
- Conhecimentos em produção e processamento da cultura do algodão.
Tais documentações deverão ser citadas explicitamente no formulário P11.
Orientamos que todas as atividades, experiências e qualificações acadêmicas sejam descritadas detalhadamento ao longo do preenchimento do formulário de candidatura: Personal History Form- PHF/P11.